Autocompaixão

Quando pensamos em autocompaixão muitas vezes imaginamos autopiedade. Mas na verdade autocompaixão é a capacidade de olhar para si com um olhar menos crítico, duro ou violento. Através de Paul Gilbert, a recente terapia focada na compaixão, desenvolvida por ele, está sendo praticada com crescentes sucessos terapêuticos. Já ouviu falar em mindfulness? Ou psicoeducação? Essas são algumas das técnicas desenvolvidas nesse processo. O paciente aprende a ter compaixão por si e pelos outros com o desenvolvimento dessas habilidades. Mindfulness é basicamente "viver o presente", sentir-se no "aqui e agora". E a psicoeducação é trazer ao paciente a possibilidade de reger, organizar e interpretar os próprios pensamentos e emoções a ponto de produzir mudanças práticas, direcionar sua compaixão para si mesmo e consequentemente ao próximo. Só conseguimos amar o outro quando primeiro conhecemos o amor através de nós mesmos. Constantemente ouvimos "fulano não ama nem a si próprio, vai amar siclano?" E a frase está correta. Só somos capazes de demonstrar o que temos dentro de nós. Nunca em tantos anos de estudos e avanços, um na ciência foi tão revelador quanto a importância do afeto para os seres humanos. Hoje sabemos que o afeto, o carinho e o cuidado na infância são primordiais para o desenvolvimento do self (noção de si próprio). Esta noção é responsável pelo julgamento de si e do outro. Consequentemente aqueles que são privados de afeto, desenvolvem uma dificuldade maior de lidar com as próprias emoções e organizar seus próprios pensamentos. Aquilo que não compreendemos temos a tendência a projetar; projetar no outro. Isso explica porque quem vive em um lar violento tem a tendência a reproduzir este padrão de comportamento. Quer se libertar da autocrítica severa? Da insegurança ou vergonha excessiva? Do medo? Já pensou em fazer terapia? Fazer terapia é uma ato de amor por si próprio. Que tal agendar uma consulta?!

Thays Sousa da Silva,
Psicóloga Clínica
CRP 06;136006
(13) 99129-3136