Separação
O divórcio é uma experiência delicada para qualquer família e principalmente para as crianças, contudo não precisa ser traumática.
Neste momento elas precisam de apoio e segurança emocional para os sentimentos que irão emergir, e esses sentimentos irão depender muito também da transparência e do respeito que os pais terão com elas.
Os pais precisam conversar com a criança sobre uma separação ou divórcio eminente logo que tiverem uma definição. É fundamental nesse processo contar às crianças o que de fato está acontecendo para evitar que elas criem um cenário catastrófico em suas mentes.
Neste momento é importante também que os pais preservem e evitem emitir opiniões e ofensas a respeito um do outro para a criança, pois isso gera sentimentos de desgaste, ansiedade e até depressão nos pequenos. A criança gosta dos dois e não deve se ver dividida, obrigada a escolher um lado ou um favorito.
Embora seja natural os pais terem opiniões divergentes sobre muitas coisas, como o que levou a separação, como seguirão daqui pra frente com os cuidados da criança, etc, é importante que ponderem e pensem no melhor para a criança.
Qualquer tipo de mudança é difícil para a maioria das crianças e um divórcio provoca uma série de emoções que precisam ser acolhidas.
Ouça a criança, tire suas dúvidas, permita que ela se expresse e deixe muito claro que quem está se separando é apenas o casal que deixou de se amar como namorados, mas nunca deixará de ser pai e mãe e que a criança não tem culpa nisso. Como não é a culpada, não há nada que ela possa fazer para resolver a situação. Não é seu papel.
A consistência e a previsibilidade são essenciais para as crianças, elas tendem a reagir melhor quando sabem o que está por vir e que podem confiar em seus cuidadores.
Com o tempo novos integrantes podem surgir na vida da criança, é natural que os pais voltem a se relacionar. E isso também não precisa ser um problema, desde que se respeite o espaço e o tempo da criança.
Costumo dizer que sinceridade é a chave de qualquer coisa. Amor e respeito geram bons frutos. A criança entenderá que ninguém irá “roubar” o lugar da mamãe ou do papai, e sendo amada perceberá que está ganhando mais uma pessoa para amá-la e zelar por ela.
Thays Sousa da Silva,
Neuropsicóloga
CRP 13/6006
Cel (13) 99129-3136
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