Vamos falar sobre ABA


ABA é a abreviação em inglês de Applied Behavior Analysis, em português significa Análise do Comportamento Aplicada. A Análise do Comportamento é uma ciência e se constitui também como uma linha teórica e prática da Psicologia assim como outras abordagens. Sendo uma CIÊNCIA e não um método ou conjunto de métodos, o objeto principal é o indivíduo e como ele aprende. Analisa-se o repertório/comportamentos da pessoa e através do olhar analítico/científico da Análise do Comportamento, conhecendo seus conceitos é possível estruturar formas de ensinar aquela pessoa. Atualmente esta abordagem aplicada na clínica vem se mostrando a mais eficiente no tratamento de alguns transtornos globais do desenvolvimento e principalmente no TEA (transtorno do Espectro Autista) e DI (Deficiência Intelectual).
As características comuns de uma pessoa com Autismo são: déficits (sociais, comunicativos, adaptativos) e excessos comportamentais (movimentos corporais repetitivos, agressividade, baixa tolerância à frustração). Mas esses sintomas podem ser trabalhados e não necessariamente a criança apresenta todos eles.
As intervenções em ABA são realizadas de maneira estruturada, ou naturalista focando nos comportamentos alvo, que em sua maioria são os comportamentos “inadequados”, ou disruptivos (transgressão de regras, comportamentos desafiadores e antissociais, que provocam incômodo nas pessoas, gerando impacto no ambiente social e possui implicações severas).

Na clínica, nas escolas e no ambiente familiar trabalhamos com comportamentos que podem ser observados e modificados; observando como, onde e em quais circunstâncias eles ocorrem, quais fatores que os mantém etc. Através disso, elaboramos um plano de ação focado em cada criança, visando a diminuição dos comportamentos negativos, estereotipados e agressivos, gerando maior autonomia na realização de tarefas básicas, melhorando o rendimento escolar e as interações sociais.
Sobre a análise comportamental e o planejamento das intervenções baseadas na ciência ABA. "O comportamento é sempre individual e a avaliação do comportamento, bem
como a intervenção deve considerar este critério de modo radical. Assim, sempre que se realiza uma intervenção de caráter analítico-comportamental, a medida de avaliação nunca é outra pessoa e sim sempre o próprio sujeito em sua linha de base, isto é, em sua avaliação antes da intervenção. A isso chamamos de delineamento de sujeito único (este é um dos motivos pelos quais uma intervenção baseada em ABA para uma criança nunca será igual a de outra criança, mesmo que ambas tenham autismo e que tenham o comportamento bem semelhante)."

Thays Sousa da Silva,
Psicóloga Clínica
CRP 06/136006
(13) 99129-3136

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