Mitos ligados a origem do Autismo
Mãe geladeira
Você já deve ter ouvido esse absurdo alguma vez na vida. Antigamente, acreditava-se que as chamadas “mãe geladeira” seriam as causadoras do autismo. O termo se refere a crianças expostas a mães que demonstram pouco ou nenhum afeto em relação aos filhos e eram negligentes, ausentes e violentas. Estudos neurocientíficos demonstram que métodos de criação parental e ausência de afeto não causam autismo. As origens do autismo estão relacionadas a fatores genéticos e potencialmente a fatores epigenéticos (fatores que controlam a expressão dos genes, que é regulada por substâncias químicas presentes no DNA).
Vacinação
Outro mito com relação à origem do autismo é a vacinação. Em 1997, uma hipótese para causa do autismo foi levantada pelo médico inglês Andrew Wakefield, que relacionou o aumento da incidência de autismo com a vacina tríplice viral. Estudos posteriores comprovaram uma série de fraudes e erros metodológicos no artigo escrito pelo médico britânico. Conflitos de interesse e violações éticas foram investigados pela polícia britância, e seu artigo foi desqualificado pela comunidade científica internacional. O médico britânico foi processado por fraude, condenado, e teve a licença médica cassada no Reino Unido. Por mais absurda que tenha sido essa hipótese, diversos estudos científicos foram conduzidos posteriormente, e todos comprovam que a vacinação não causa autismo. Infelizmente, ainda hoje, muitas famílias se recusam a vacinar seus filhos, e epidemias de sarampo e rubéola estão ocorrendo no mundo todo novamente.
Fonte: Livro Reizinho Autista, Mayra Gaiato e Gustavo Teixeira.
Thays Sousa da Silva,
Psicóloga Clínica
CRP 06/136006
(13) 99129-3136
Comentários
Postar um comentário